A crítica:
“Falar de Materna Doçura não é fácil. O livro não se lê, devora-se avidamente. Mas o embate inicial tem um efeito no mínimo paralisante, que vai do arrepio das primeiras páginas à emoção, em crescendo, que o leitor vai estando consciente de experimentar à medida que avança pelos meandros de uma história singular.” Expresso
“Materna Doçura é um romance a sério, magistralmente escrito e contado, onde se prefere a ternura ao escândalo.” “DNa” - Diário de Notícias
“Para muitos leitores, Materna Doçura, inolvidável romance de estreia de P. Cachapa, foi o Cú de Judas da década de 90, e muitos não hesitaram então – nós entre eles -, em augurar a P. Cachapa um futuro auspicioso semelhante ao que a década de 90 trouxe a Lobo Antunes.” Jornal de Letras
“Uma fluidez na construção efaboladora do enredo, a pausada apresentação das personagens e um ritmado andamento dos diálogos entrecortados transforma este romance de 300 páginas numa leitura singularmente devoradora de umas breves horas.” O Independente
“Materna Doçura é o romance de estreia de Possidónio Cachapa. Uma espécie de prisma de fim de milénio de onde irradia, poderosa, a insólita história de Sacha G., um filho obcecado pela mãe. Entrada fulminante na ficção portuguesa (…)” Público
O excerto:
“Já era tarde e Sacha não aparecia. Resignado, o Professor abriu o livro e leu o que Platão tinha escrito sobre as almas.
(…)
Um Ford branco passou, empurrado pelo ar, O Professor olhou-o de relance. O carro seguia, rápido, os vidros fechados e a carga amarrada no tejadilho.
Foi a mãozinha magra, a dizer adeus, que lhe chamou a atenção. E, mesmo sem lhe avistar os olhos de mar tempestuoso, o Professor soube que sacha ia naquele carro. E o seu coração disse adeus à Mãe e ao Filho, os dois ligados por um eterno cordão de amor.
E, de facto, nunca mais voltou a ver os dois juntos.
Especado, no meio do passeio, o Professor viu o Ford sumir-se, enquanto uma chuvinha fresca lhe molhava o cabelo.”
OFICINA
245 páginas
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