Enquanto li este livro andei inebriada com a doçura da escrita de Valérie, com a doçura da energia de Violette.
Quando crescer quero ser como ela, quero ser generosa com os que me rodeiam, com os que me procuram, com os que me encontram. Quero ter a noção da maldade e da pequenez dos outros nos momentos em que o são, mas conseguir não alimentar o rancor dentro de mim e conseguir também ver os outros para além desses momentos.
Tão difícil, tão difícil...
Valérie obrigada pela Violette, obrigada por esta bela mulher que cuida dum cemitério com beleza e amor e tem dois guarda-fatos, um para ela e outro para os outros.
"Subo ao quarto e abro o guarda-fatos de inverno para enfiar um roupão. Tenho dois guarda-fatos. Um a que chamo de "inverno" e outro, de "verão". Os nomes não têm nada a ver com as estações, mas com as circunstâncias. O guarda-fatos de inverno só contém roupa clássica e sombria, destinada aos outros. O guarda-fatos de verão só contém roupa clara e colorida, destinada a mim. Uso o verão por baixo do inverno e dispo o inverno quando estou sozinha."
O que vou fazer agora sem ela???
Editorial Presença
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